O Outubro Rosa nasceu como uma campanha de prevenção ao câncer de mama, mas hoje ocupa um espaço mais amplo no debate sobre o cuidado com a saúde feminina. Para a ginecologista Cristiane Costa, especialista em estética íntima e multiplicadora do Grupo Medical San, o mês representa uma oportunidade de reflexão e autoconhecimento.
“O Outubro Rosa lembra a mulher de olhar para si mesma, de se enxergar. Fora do trabalho, da casa, da família, existe ela. E ela precisa se cuidar”, afirma a médica, que atua no Rio de Janeiro. Segundo ela, o movimento que começou com foco nas mamas se tornou um lembrete para a prevenção de outros problemas e para o fortalecimento do autocuidado.
De acordo com a especialista, o rastreamento do câncer de colo de útero e os exames ginecológicos regulares continuam sendo essenciais, mas o acompanhamento médico deve ir além. “A medicina está voltando a olhar o corpo como um todo. A mulher não pode ser vista apenas por partes. O funcionamento do ovário, da tireóide, do intestino e o nível de estresse estão interligados”, explica.
Nesse contexto, as tecnologias médicas têm ocupado papel central na promoção do bem-estar feminino. Equipamentos como o Ultramed Intimy e o Hegon, desenvolvidos pela Medical San, utilizam o ultrassom micro e macrofocado e o laser de CO₂ para tratamentos de saúde íntima. Segundo a Dra. Cristiane, esses avanços transformaram a forma como se encara o cuidado ginecológico.
“Antes, muitas mulheres viviam com sintomas como ressecamento vaginal ou incontinência urinária porque não havia opções eficazes. Hoje, conseguimos regenerar tecidos, restaurar a vida sexual e proporcionar mais conforto e qualidade de vida”, diz.
A médica destaca que essas tecnologias também têm valor preventivo. “É possível prevenir a perda de urina, a queda de bexiga e o ressecamento vaginal antes que aconteçam. Sempre é melhor prevenir do que tratar depois”, afirma.
Para além dos consultórios, o autocuidado depende de hábitos cotidianos. Dormir bem, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar o estresse são medidas que, segundo a ginecologista, influenciam diretamente na saúde íntima. “Está tudo conectado. Cuidar do corpo é também cuidar da mente”, resume.
O envelhecimento, a menopausa e o pós-parto são fases que costumam exigir atenção especial. A médica observa que a tecnologia vem ajudando as mulheres a enfrentarem essas etapas com mais conforto. “Temos hoje desde reposições hormonais mais eficazes até procedimentos que reduzem sintomas como dor na relação sexual e ressecamento. A mulher pode envelhecer com saúde e ainda se reconhecer diante do espelho”, diz.
Apesar dos avanços, a ginecologista reconhece que os tabus em torno da sexualidade feminina ainda persistem. “A informação é o que quebra o preconceito. Muitas mulheres acham que é normal conviver com dor ou com perda urinária. Envelhecer é natural, mas não é preciso aceitar o sofrimento como parte disso. Conhecimento é poder”, afirma.
Para a Dra. Cristiane, o Outubro Rosa deve ser um ponto de partida para a mulher se colocar no centro do próprio cuidado. “Ela precisa se lembrar de que importa, de que não deve se deixar para trás. Cuidar-se é o primeiro passo para dar conta de tudo o que ela quer realizar.”